quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Responsabilidade com a Doutrina Espírita.

U
m trabalho hercúleo: assim podemos definir o papel de Allan Kardec ao codificar (organizar, sistematizar) a Doutrina Espírita.
Quis o codificador que a doutrina nascente recebesse um nome novo “para coisas novas, palavras novas” disse ele, para que a Doutrina não fosse confundida com o espiritualismo até então vigente, por isso criou o vocábulo espiritismo e seus adeptos seriam chamados de espiritistas ou espiritas.
A preocupação de Kardec não era vã, sabia ele que confissões poderiam acontecer, o que macularia o escopo do Espiritismo.
Passado mais de 150 anos desde que veio à publico O Livro dos Espíritos, marco inicial das publicações doutrinarias, vemos no mundo em geral e no Brasil em particular, uma desfiguração daquilo que pretendia o Codificador.
Dezenas de conceitos que nada têm de espiritas, estão sendo agregados, difundidos, publicados e professados como se fosse a mais pura verdade e fazem parte da Doutrina dos Espíritos.
Para chegar até o grau de evolução física e moral em que se encontra, o homem passou por vários estágios desde sua criação, ainda como  Principio Inteligente, até sua individuação como Espírito, como bem diferencio Kardec ao grafar as palavras com o e minúsculo para principio Inteligente (espirito não individualizado) e com o E maiúsculo (Espirito com consciência adquirida, senhor de si e com livre arbítrio).
É fato também que no percurso que percorreu o Espírito, passou por vários estágios de entendimento da realidade que o cercava, tendo sempre intrinsecamente, a lei de adoração.
Para externar sua necessidade de adorar, o homem primeiramente desenvolveu a litolatria, atribuindo às pedras poderes metafísicos, e com isso erigiu monumentos totêmicos, depois passou a fitolatria, atribuindo seu sucesso e felicidade á natureza em geral. Mais adiante passou a zoolatria e animais passaram a ser considerados sagrados. Mais tarde, a razão ainda incipiente criou a mitologia e seus deuses diversos, momento em que o homem atribuiu à Divindades as razões para sua felicidade e infortúnios.
Todo esse processo levou milhares de anos e o Ser não deixou de buscar explicações para o que sentia e tentava compreender o porquê de estar vivo.
Mais além, os primeiros profetas começaram a disseminar a ideia de um Deus único, onipotente, Onisciente e Onipresente, que a todos vigiava e a tudo controlava. O homem, assim, sintetizou em uma única divindade milênios de incompreensão, de temor e devoção. Nascia o Deus dos Hebreus, que à todos pune com severidade e alguns beneficia com sua tolerância e paciência.
Este Deus, dúbio, que condena e absolve à seu bel prazer ainda está presente nos dias de hoje em nossa sociedade, nas diversas crenças e religiões  com as quais convivemos.
Quando Kardec, após imenso trabalho, tirou o véu que acobertava o limiar da morte, uma nova visão sobre a existência se fez enxergar.
Não era mais o homem um ser desprovido de propósito e tampouco um joguete na mão de deuses diversos ou um fantoche nas mãos de um único Deus. Adquiriu consciência e responsabilidade sobre seus atos e seus pensamentos.
Com esta nova visão de SER e Existir, o homem passou a ser o centro das mudanças a que se propõe e seu destino está indissociável de suas escolhas.
Infelizmente, muitos companheiros de ideal espirita não compreendem a importância de estudar as obras de Kardec e se deixam levar por modismos, imiscuindo à Doutrina Espirita, conceitos alhures.
Cromoterapia, heike, apometria, ritos diversos, adoração à médiuns e trabalhadores (encarnados ou não), velas, incensos, luzes coloridas, cristais, crianças índigos, ufos e tantas outras inserções tem sido feitas, seguidas, propagadas e divulgadas como sendo importantes para o Espiritismo, têm sido responsáveis por uma completa desfiguração do trabalho de Kardec, levando o homem à atribuir poder a coisas que deveriam ter ficado no passado.
Uma situação pavloviana se instala no meio espirita atual: o aprendizado de milhares de anos que preparou nossa chegada a idade da razão, volta a nos conduzir á idade da ignorância que há muito, havíamos superado.
Cabe a nós, expositores, palestrantes, professores, médiuns, escritores, dirigentes e trabalhadores de centros espíritas em geral zelarmos pelo legado de Kardec, honrar seu trabalho e não permitir que tais práticas continuem à macular a Doutrina Espírita.
É nossa responsabilidade que leguemos às gerações futuras um Espiritismo puro, livre do espirito de sistema e dos ritos, para que não façamos com a excelsa Doutrina dos Espíritos, o que foi feito (talvez até por nós mesmos) com a mensagem de Jesus.

A semeadura é livre, porém, a colheita é obrigatória. E colheremos os frutos de nossa irresponsabilidade quanto a preservação da Doutrina que veio para libertar consciências e que, hoje, está se tornando em mais uma escravizadora da razão.

Alex Honse

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Aula 1 O Curso OQEE Surgimento do Espiritismo

Olá.
Estou postando a  apresentação em power point da Aula  do Curso O que é o Espiritismo O Surgimento do Espiritismo.



Para visualizar a aula conforme apresentada em sala clique no link abaixo.



.Aula 1 O Surgimento do Espiritismo - O que é o Espiritismo